Como é duro amar aquele irmão da igreja que só vive botando defeito nos outros!
Como é duro amar aquele vizinho que vive a nos provocar! Como é duro amar um pai que vive lembrando os deveres dos filhos e esquecendo seus direitos e privilégios! Como é duro amar aquele irmão que só visa os seus interesses e está sempre pronto a fazer uma guerra por uma coisa ou outra! Como é duro amar!
Foi por isso que o apóstolo João escreveu três cartas ensinando aos seus irmãos o verdadeiro amor. ノ amando que mostramos que “somos de verdade”. (I João 3:19).
Que nos falta para que o verdadeiro amor seja praticado em nossas igrejas, nossos lares, em nossas escolas?
A prática do amor não é obra humana
A primeira coisa que precisamos aprender é esta: a prática do amor é fruto da submissão espiritual do crente; não é mérito seu. Se nós achamos que somos capazes de amar perfeitamente somos mais que mentirosos.(I João1:8).
Amar é uma ordenança de Jesus Cristo, exemplo de sua própria prática (I João 3:23), e só podemos cumprir esta vontade “pelo Espírito que nos tem dado”
(I João 3:24). Porque o “amor é de Deus”.
Como sentimento que deve ser aprendido, o amor vem de Deus e é preciso que peçamos a ele a capacidade de amar. Isto é um ato de fé e de submissão ao Senhor. Quando fazemos isso reconhecemos que somos fracos demais para amarmos como Jesus nos amou. Como diz Tiago, “a fé, se não tiver obras, é morta” (Tiago 2:17); o amor também é uma obra de fé.
Aprenda a respeitar os outros
Como amar os outros se nós nos consideramos o centro do mundo, se achamos que a vida inteira gira em torno de nós, se nos julgamos o mais importante dos homens? Quem é capaz de olhar para o outro, como olhos do outro, isto é, sem julga-lo?
Aquele que tem a vida centrado no outro ama seu irmão. Por isso permanece na luz e nele não há tropeço (I João 2:10).Aquele que tem a vida centrada em si, não ama e nem exercita o amor.
Precisamos a aprender a respeitar os outros. Precisamos aprender que o outro é terra santa; não é para ser pisado. Precisamos aprender que o outro é gente, como nós também somos. Precisamos aprender a considerar o outro uma obra prima das mãos de Deus,e não seremos nós que sujaremos e magoaremos esta obra.
Não espere ser amado primeiro
O amor de Deus é o nosso modelo: primeiro, ele nos amou; e foi por nos amar que enviou seu filho (I João 4:10). O seu amor não foi uma resposta ao amor dos homens, porque estes andavam desgarrados e sem afeto. O seu amor foi uma iniciativa própria. Se Deus fosse esperar pelos homens até hoje estaríamos perdidos, sem Cristo. Mas isso é exatamente o que queremos fazer com os outros, por isso há tanta discórdia, reclamação e ódio em nossos lares e em nossas igrejas. Estamos esperando que o outro nos ame, para depois nós o amarmos, e o outro esperando ser amado primeiro. E assim ninguém ama ninguém!
Não espere ser amado. Ame primeiro. Manifeste o amor de Deus. E todos verão a diferença.
Não se preocupe de amar o mundo inteiro, por que isso é fácil. ノ muito fácil desmancharmos
nos em palavras sobre o amor à humanidade. Facílimo. ノ fácil nos perdermos em palavras de amor a Deus, a quem não vemos (I João 4:20) e não nos aborrece nem nos incomoda. Facílimo!
Difícil é amar de verdade o vizinho, o irmão, o pai, o amigo, o pastor. Porque estes são pessoas de carne,osso e sentimentos. Mas este é o mundo de seu amor. Um mundo concreto, real e verdadeiro. Este não basta amar “de palavras , mas por obras e em verdade”
(I João 3:18). “Quem ama a Deus ame também ao seu irmão” (I João 4:21),por mais difícil que seja, e por mais pesados que nos pareçam estes mandamentos (I João 5:3). Se experimentarmos que Deus nos amou primeiro ,saberemos amar (I João 4:19) Aperfeiçoaremos em nós o amor de Deus. Se nos amamos uns aos outros, Deus permanece em nós (I João 4:12).
“Nós sabemos que já passamos da morte para a vida,porque amamos os irmãos”
(I João 3:14)
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