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domingo, 2 de novembro de 2008

O QUE MARIA NÃO É E O QUE MARIA FOI


Maria não é isenta de pecado; achou graça diante de Deus

“Entrando o anjo aonde ela estava, disse: Salve, agraciada! O Senhor é contigo. Bendita és tu entre as mulheres.” Lc 1:28

“Disse-lhe o anjo: Maria, não temas, achaste graça diante de Deus.” Lc 1:30

Quando o anjo veio ter com Maria para anunciar-lhe que fora escolhida para a sublime missão de carregar o Filho de Deus no seu ventre, disse-lhe que ela achara graça. A definição de graça é “favor imerecido”. Desta forma, Maria não é escolhida por ser melhor que as outras mulheres; não é escolhida por ter grandes qualificações, ou por ter uma alta dignidade. Se foi pela graça, isso exclui as obras e a dignidade. Ela não merecia, mas foi agraciada. Se ela é bendita entre as mulheres, é porque foi agraciada e não pela sua dignidade.

O facto de Maria achar (necessitar de) graça, indica que é pecadora e que carece também da Salvação de Deus. É certo que era fiel e temente a Deus; justa segundo a conduta da sociedade judaica, mas isso não lhe confere perfeição ou isenção de pecado. A Bíblia diz: “Não há um justo nem um sequer” (Rm 3:10) e “todos pecaram” (Rm 3:23). E nenhuma excepção é aplicada (o texto é claro). O único que a Bíblia afirma que nunca pecou foi Jesus (Hb 4:15).

Maria não é co-redentora com o Pai e o Filho; é redimida pelo Filho e abençoada pelo Pai

Se Maria carecia da Graça de Deus, carecia também de redenção. Ao carecer de redenção, não pode ser redentora.

A Bíblia deixa claro a exclusividade de Jesus como Redentor e Salvador. “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” At 4:12

Só Jesus pode sê-lo, exclusivamente, porque só Ele nunca pecou; só Ele morreu em sacrifício pelos pecados; só Ele ressuscitou.

Maria não é “Nossa Senhora”; é serva de Deus

“Disse então Maria: Eis aqui a serva do Senhor: cumpra-se em mim segundo a tua palavra.” Lc 1:38

Se há equívocos relativamente à identidade de Maria, certamente não partiram da própria. Maria não tinha dúvidas quanto à sua identidade. Assumia-se como uma serva, relegando a exclusividade da prerrogativa de Senhor para Deus.

O título que é-lhe dado de “Nossa Senhora” é não somente despropositado, como herético. A Bíblia é clara sobre a exclusividade do Senhorio: “E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, ó Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.” Mr 12:29 (V. 1Co 8:6; Ef 4:5).

Maria não é virgem; manteve a sua virgindade somente até ao nascimento de Jesus

“E [José] não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogénito; e pôs-lhe por nome JESUS.” Mt 1:25

“Não é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão? E não estão aqui connosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele.” Mr 6:3

A doutrina de que Maria foi virgem toda a vida é avessa às Escrituras. Essa tentativa de fazer dela uma mulher mística e separada da vida normal é uma atitude religiosamente cega que contraria o ensino da Bíblia.

Maria teve uma vida sexual perfeitamente normal com José, seu marido, depois do nascimento de Jesus.

Teve mais filhos, que são claramente descritos na Bíblia, como os irmãos de Jesus. “Irmãos” aqui não pode ser visto no sentido espiritual porque mesmo quando não criam nele, foram chamados desta maneira [Porque nem mesmo seus irmãos criam nele.” Jo 7:5]. Dizer que eram filhos adoptivos é forçar o texto para arranjar um pretexto.

A afirmação do dogma Católico sobre Maria leva historiadores e investigadores a separarem o Jesus histórico do Jesus religioso. Isto tem contribuído para o descrédito do cristianismo, para o convencimento generalizado que a fé é cega. Pelo contrário, se aceitarmos os factos, seremos rigorosos quanto à História e manifestaremos uma fé genuína e autêntica.

Maria não é mediadora dos homens diante de Deus; foi alguém que buscou a Deus em pé de igualdade com os outros cristãos

“Sua mãe disse aos serventes: Fazei tudo quanto Ele vos disser.” Jo 2:5

“Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria mãe de Jesus, e com seus irmãos.” At 1:14

A doutrina Católica de Maria como intercessora diante do Pai e do Filho é a doutrina de Mediação. Ou seja, os homens intercedem diante dela para que ela interceda diante do Pai e do Filho.

Isto nunca aconteceu nas Escrituras. Nas bodas de Canaã, ela não foi intermediária. Ninguém pediu nada a Maria, Maria é que pediu a Jesus. Jesus deixou claro que as coisas não aconteciam pelo seu pedido, mas pela vontade do Pai (só quando chegasse o tempo). Os serventes trataram diretamente com Jesus. Maria não disse, não diz e nunca dirá às pessoas o que fazer. O único com autoridade e poder para mandar e operar é Jesus.

Quando olhamos para o panorama da igreja depois da subida de Jesus ao céu, verificamos que Maria não recebia orações, nem petições de ninguém; pelo contrário, perseverava em oração junto com os outros discípulos, reconhecendo a sua fragilidade, a sua necessidade e a completa e exclusiva autoridade do Pai, do Filho e do Espírito. O papel e a menção de Maria não é nem preponderante, nem predominante. Esta é a única referência que é-lhe feita depois da ascensão de Jesus. Conferir a Maria tal papel é contrariar o ensino e a prática da verdadeira igreja.

A Bíblia ensina que só devemos adorar e orar a Deus. Jesus ensinou-nos a pedir a Ele em Seu nome (Jo 14:13,14) e ao Pai em Seu nome (Jo 16:23). Nunca, em lugar algum da Bíblia, temos a indicação ou estímulo para orarmos a qualquer outro personagem, por mais brilhante que seja. Isso é proibido e condenado por Deus.

Maria não deve ser venerada; deve ser vista como um exemplo de crente fiel

“E aconteceu que, dizendo ele estas coisas, uma mulher dentre a multidão, levantando a voz, lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que mamaste.

Mas ele disse: Antes bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam.” Lc 11: 28, 29

“E, falando ele ainda a multidão eis que estavam fora sua mãe e seus irmãos, pretendendo falar-lhe.

E disse-lhe alguém: Eis que estão ali fora tua mãe e teus irmãos, que querem falar-te.

Porém ele, respondendo, disse ao que lhe falara: Quem é minha mãe? e quem são meus irmãos?

E, estendendo a sua mão para os seus discípulos, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos;

Porque, qualquer que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, este é meu irmão, e irmã e mãe.” Mt 12:47-50

Já vimos que nunca foi venerada na igreja modelo de Actos e nunca ocupou um lugar de destaque nem de liderança. Era uma irmã no meio dos outros.

Quando alguns ouvintes de Jesus tentaram venerar ou honrar Maria mais do que a justa medida, Jesus pôs as coisas no seu devido lugar.

O conselho de Maria não foi para que a seguissem, ou idolatrassem mas para que fizessem tudo o que Jesus diz (Jo 2:5). Aqueles que a veneram e seguem cegamente, fazem-no contra a sua vontade.

Maria não é mãe de Deus; é criatura de Deus e mãe de Jesus, como homem

“Ele estava no princípio com Deus.

Todas as coisas foram feitas par ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.” Jo 1:2,3

Deus é eterno. Não tem princípio nem fim de dias. Não tem pai, nem mãe, nem princípio, nem fim de dias. Deus não foi criado, nem nunca nasceu. A doutrina do nascimento de Jesus é a doutrina da encarnação, ou seja, não foi o início da sua vida, mas da sua humanidade. João é claro quando diz que Ele era antes de todas as coisas e criou todas as coisas (Jo1:1-3).

Desta forma, Maria nunca poderá ser reconhecida com verdade, como mãe de Deus, mas como mãe de Jesus, no sentido da sua humanidade.

Maria não é mãe de todos; foi uma mulher frágil que necessitou de amparo

“Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse à sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho.

Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa.” Jo 19:27, 28

Contrariamente ao que a religião ensina, naquele momento, na cruz, as palavras de Jesus não atribuem a Maria, sua mãe, a prerrogativa de ser mãe de todo o mundo. Estas palavras não lhe conferem poder. Pelo contrário, demonstram a sua fragilidade como humana comum. A preocupação de Jesus foi em que sua mãe fosse amparada, por isso pede a João que a receba e trate como uma mãe. Foi João que a recebeu e amparou em sua casa e não o contrário.

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